EB nº3 Laranjeiro

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Rua José Afonso – Quinta do Janeiro
2810-237 Laranjeiro
 

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Mail: geral@ageantoniogedeao.pt

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Básica Laranjeiro nº 3 é um estabelecimento de ensino público, com um certo simbolismo na zona, que está bem patente em cada membro da comunidade escolar, principalmente para todos aqueles que a frequentam como alunos.

Descrição geral das Instalações:

A Escola (1º Ciclo do Ensino Básico e o Pré-Escolar) é pertença da Câmara Municipal de Almada, sendo utilizada pela população escolar. O parque escolar é constituído por dois Edifícios:

O Edifício 1 (do 1º Ciclo), datado de 1988, com dois pisos (piso 0 e piso 1), em que a movimentação interior, entre pisos, faz-se exclusivamente através das escadarias existentes.

No piso 0, funcionam quatro salas de aula, servidas por dois núcleos ligados por um corredor, tendo interligadas duas instalações sanitárias (masculinas e femininas). Neste piso, existe também um átrio (da entrada) e um conjunto de divisões onde funciona uma unidade de ensino estruturado para alunos com espectro do autismo, uma biblioteca/centro de recursos, uma sala das assistentes operacionais, um ginásio, um refeitório com cozinha, um gabinete de trabalho, um gabinete médico e duas arrecadações.

No piso 1, ao qual é possível aceder a partir do piso 0 por meio de uma escadaria, existe também um conjunto de divisões onde funcionam seis salas de aula, servidas por dois núcleos ligados por um corredor, que tem também interligadas duas Instalações Sanitárias (femininas e de adultos) eonde existe, ainda, uma sala de professores e um gabinete de coordenação de estabelecimento.

O Edifício 2 (do Pré-Escolar), de um só piso, construído em 2011, é constituído por três salas de atividades, uma sala polivalente, dois gabinetes, três instalações sanitárias (duas para crianças e uma para adultos) e uma arrecadação.

Ambos os Edifícios têm acesso directo para os pátios de recreio e campos de jogos.

CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ESCOLAR

Pesquisa histórica da zona:

Desde os seus primórdios e habitada por diversos povos, a zona hoje pertencente à Freguesia do Laranjeiro era conhecida sobretudo como um lugar de passagem desde Almada e Cacilhas, quer pelo que é hoje a E N 10, quer através da estrada que passa pelas Barrocas.

A atual Freguesia do Laranjeiro faz parte de uma área geográfica muito histórica, comprovado pela existência de diversas jazidas, tal como pelos vestígios de povos que a habitaram no passado, como os Celtas, Romanos e Árabes.

Com a fundação de Portugal, toda a área circundante de Almada, era propriedade da Ordem Militar de Santiago, através da doação de D. Sancho I, em 1186.

Além da Cidade de Almada, da altura da fundação da nacionalidade, nada consta de significativo que permita concluir da existência de qualquer povoado importante nesta zona.

A persistência de população desta zona durante toda a Idade Média foi caracterizada por grande atividade rural: cereais, frutos, olivais e vinhas.

Com a conquista da independência, D. João I incluiu a área circundante de Almada na doação que fez a D. Nuno Álvares Pereira, que por sua vez, o doou à Ordem do Carmo, ficando aos poucos alienado em frações pertencentes reis, infantes e nobres, sendo algumas delas posteriormente vendidas ou arrendadas, resultando em quintas e albergarias.

Até mesmo a designação “Laranjeiro”, que se começou a usar na primitiva povoação de agricultores é resultante do nome do seu proprietário José Rodrigues, o “laranjeiro”, foreiro à Albergaria de S. Lázaro.

Assim, este vasto espaço rural, fragmentado em diversas quintas, era fracamente povoado até aos anos quarenta do passado século, quando a povoação acompanha a expansão urbanística e demográfica de Almada, movimento que se acentua, claramente, a partir dos anos sessenta até hoje.

O Laranjeiro foi elevado a freguesia em 4 de Outubro de 1985, em consequência da aprovação, por parte da Assembleia da República através do Decreto-Lei 126/85, de 4 de Outubro.

O passado recente:

No final da década de cinquenta (do século passado), iniciaram-se as infra-estruturas que visavam um projecto camarário, relacionado com o alojamento de pessoas que procuravam trabalho e outras condições de vida no Concelho de Almada ou na área metropolitana de Lisboa.

Com o “aparecimento” de um espaço arquitectónico e urbano, surge – naturalmente – uma escola. Os alunos com idade para frequentar o ensino primário passaram a ter na zona uma escola onde pudessem iniciar ou continuar a escolaridade obrigatória. A escola em referência é a Escola Básica Laranjeiro nº 3, que teve os primeiros alunos no final da década de oitenta, do século passado.

Algumas indústrias estavam instaladas ainda na área e muitos dos filhos dos que nelas trabalhavam, eram alunos da escola. A população escolar crescia com naturalidade, embora houvesse limitações económicas, físicas e sociais.

O presente:

No início do Século XXI, eis o parque escolar da Escola Básica Laranjeiro nº 3, que está integrado numa zona habitacional, conhecida como a “Quinta do Janeiro”, nome como ainda hoje é conhecida esta zona da Freguesia do Laranjeiro, visto que, no passado, a atual Freguesia era composta por um vasto espaço rural, fragmentado em diversas quintas, como descrito anteriormente.

A localização do edifício escolar é muito acessível, embora a sua dimensão comece a não ficar apropriada, ou até um pouco desenquadrada, face às actuais necessidades da comunidade escolar.

Sendo uma referência, para a população descendente da antiga Quinta do Janeiro ou para outros que se estão agora a envolver e a associar à comunidade escolar, espera-se que a Escola Básica Laranjeiro nº 3 surja virada para futuro.

As perspetivas futuras:

Sem ignorar o seu passado recente, o presente e as características da actual comunidade escolar, leva-nos pelas forças circunstanciais a pensar no futuro.

Jean Marie Barbier, numa das suas obras, escreveu que “um projecto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro para fazer, um futuro a construir, uma ideia a transformar em acto”. E é com este espírito construtivo que o corpo docente e não docente da Escola Básica Laranjeiro nº 3 pretende enquadrar-se em todas as transformações descritas, envolvendo os níveis habitacional, sócio-cultural, como também educativo.

É necessário fazer e construir o futuro, tendo como pensamento que todos os alunos, matriculados na escola, são construções sociais, cuja vida exige não só que nelas se estabeleçam novas relações e um processo de aprendizagem que lhes sejam favoráveis, mas também que aprendam a desenvolver novas capacidades cognitivas e relacionais, dentro de um novo espírito e de uma cultura organizacional de escola, mais participativa, consciente, reflexiva, multi e intercultural.

Acreditar nas capacidades reais existentes na população escolar, dando-lhe a verdadeira importância que tem, valorizando as suas capacidades, aprendendo também com ela, partilhando experiências e saberes e respeitando-a, pode futuramente trazer benefícios no processo de ensino-aprendizagem e na formação de cidadãos responsáveis e conscientes do seu papel.

 

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